Artigo: AFINAL SALÁRIO É FATOR MOTIVADOR?

A palavra motivo vem do latim motivus que significa aquilo que se movimenta, que se move, faz andar. 

De modo geral, motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a uma tendência, a um comportamento específico. 

E uma das questões mais polêmicas referentes a salário é se este funciona como um fator de motivação para as pessoas.

Se estudarmos o ciclo motivacional verificamos que toda pessoa tem um equilíbrio interno que de acordo com um estímulo ou incentivo faz surgir uma necessidade. 

Toda vez que surge uma necessidade esta rompe o estado de equilíbrio da pessoa, gerando uma descarga de tensão e um comportamento ou ação. 

Dependendo do comportamento ou ação a pessoa poderá ter satisfação ou insatisfação. 

A insatisfação da necessidade produzirá um estado de frustração, agressão, insônia, resistência, moral baixo. 

Se o comportamento ou ação for eficaz, a pessoa encontrará a satisfação da necessidade e, portanto, volta ao estado de equilíbrio anterior, à sua forma de ajustamento ao ambiente. 

Esse ciclo motivacional pode ser esquematizado conforme figura abaixo:

Considerando as teorias motivacionais modernas, dentro da Teoria Bahaviorista, que podemos considerar um aperfeiçoamento da Teoria das Relações Humanas, encontramos duas teorias que são extremamente importantes para compreendermos o mecanismo de motivação do ser humano, são elas: a “Hierarquia das Necessidades”, de Maslow, e os “Fatores de Higiene-Motivação”, de Herzberg.

Associando a teoria de Maslow e Herzberg à nossa questão de salário, como fator de motivação, observamos que, indiretamente, o salário contribui, é o pano de fundo, podemos compreender que o salário está tão intimamente ligado à satisfação das necessidades humanas. 

As pessoas desejam dinheiro porque este permite-lhes não só a satisfação de necessidades fisiológicas e de segurança, mas também dá plenas condições para a satisfação das necessidades sociais, de estima e de autorrealização.

Portanto, o dinheiro é um meio e não um fim. O salário não é fator de motivação quando analisado isoladamente.

A troca fria de produção por salário não gera satisfação ao funcionário, é apenas recompensa justa pelo seu trabalho e o funcionário busca a garantia de sua sobrevivência.

Diante disso, a empresa deve ver o salário como função agregada de motivação e procurar utilizá-lo como um instrumento a mais na compatibilização dos objetivos organizacionais e pessoais.

Para ter pessoas integradas, produtivas e ambiente motivador na organização, são necessários planos adequados de Recursos Humanos

Considero como plano básico, o carro-chefe, o PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS, porque sem ele dificilmente os demais planos de desenvolvimento funcionam. 

As pessoas creem que seu desempenho é, ao mesmo tempo, possível e necessário para obter mais dinheiro. 

Desde que as pessoas creiam haver ligação entre diferenças de remuneração e de desempenho, o salário poderá ser um excelente motivador.

Sabemos que salário não é o único componente remuneratório de contraprestação do trabalho. 

Existem também os benefícios, que acabam se somando e compondo a chamada remuneração, bem como poderão existir outras verbas de crédito, como, por exemplo, remuneração variável, bônus, gratificações, etc.

Existem diversas maneiras de definir o termo salário, dependendo de sua forma de aplicação ou como ele se apresenta para o funcionário ou para o empregador. 

Algumas das principais definições sobre o termo SALÁRIO são:

As utilidades salariais (salário in natura) não se confundem com as ferramentas fornecidas para melhor execução do trabalho. 

Estas se equiparam ao instrumento de trabalho e, consequentemente, não tem feição salarial. Portanto, quando for fornecida pelo trabalho é considerado de caráter salarial e se for para melhor execução do trabalho não tem natureza salarial.

Vale a pena lembrar o pensamento de William B. Werther - “Quando a remuneração é feita corretamente, os empregados têm mais probabilidade de estar satisfeitos e motivados para com os objetivos organizacionais”.

Surpreendentemente muitos funcionários e empregadores pouco sabem a respeito de planejamento de carreira. Frequentemente não estão conscientes da necessidade e das vantagens desse planejamento. 

E uma vez conscientes, frequentemente falta-lhes a informação necessária para que tenham sucesso em seu planejamento.

Salário é fator motivador” – e agora o que você usa para terminar essa frase, ponto final ou interrogação?

Washington Sorio

 

Tipo de salário  Definição

 

1. Salário mínimo

É fixado em lei, para todo trabalhador; é o valor mínimo que pode ser pago a um trabalhador no país. É o valor mais baixo que o empregador pode pagar para seu empregado.

 

2. Salário Profissional

Aquele fixado por Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ou Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou lei federal como o mínimo que pode ser pago a determinada profissão, independe de sua categoria profissional.

 

3. Salário nominal

É aquele que consta na ficha de registro, na carteira profissional e em todos os documentos legais. Pode ser expresso em hora, dia, semana, mês.

 

4. Salário efetivo

É o valor efetivamente recebido pelo empregado, já descontadas as obrigações legais (INSS, IRRF, etc).

 

 

5. Salário normativo

É aquele fixado em sentença normativa proferida em dissídio coletivo pelos tribunais da Justiça do Trabalho.

 

 

6. Salário complessivo

É o que tem inserido no seu bojo toda e qualquer parcela adicional (hora extra, adicional, etc).

 

 

7. Salário substituição

É aquele pago ao empregado que substitui outro empregado de padrão salarial mais elevado, desde que a duração da substituição seja previsível e não incerta ou ocasional. (Súmula 159 do TST)

 

8. Salário In Natura

É toda utilidade fornecida ao empregado como um plus, ou seja, gratuitamente. Nesse sentido pode-se dizer que as utilidades salariais são aquelas que se destinam a atender às necessidades individuais do empregado, de tal modo que, se não as recebesse, ele deveria despender parte de seu salário para adquiri-las. Tem que ser com caráter habitual.

 

9. Salário relativo

É quando o profissional compara sua mesma função e ganho com outro profissional da mesma área em outra empresa.

 

10. Salário absoluto

É o montante que o empregado recebe, líquido de todos os descontos, e que determina o seu orçamento.

 

3
2 replies